
O mundo das moedas digitais é cheio de denominações que parecem indecifráveis para quem não está acostumado a elas. Um exemplo é o termo Proof-of-Work (Prova de Trabalho, em português).
Para começar vale esclarecer que o proof-of-work não surgiu com as criptomoedas.
O conceito foi imaginado em meados de 1991, como uma forma de combater o envio de e-mails indesejados.
Esse protocolo é utilizado para a prevenção de ataques cibernéticos, dificultando que robôs se instalem na máquina e a contaminem.
O objetivo é impedir que uma ação seja realizada.
Nesse caso, para concluí-la seria necessário uma “prova de trabalho” executada pelo próprio usuário.
Essa prova garante que o usuário/programa perdeu algum tempo para gerar um resposta satisfatória para validar a ação.
É essencial que o sistema torne o processo para obtenção da resposta difícil, mas que sua verificação seja feita facilmente.
Antes usada apenas em serviços de e-mail para tentar salvar sua caixa de entrada de spam, a tecnologia se firmou na mineração de moedas digitais e na verificação de transações.
Proof-of-Work na mineração
Para facilitar sua compreensão do uso do proof-of-work na mineração de criptomoedas é só lembrar que é ele quem garante que uma determinada quantia delas sairá do bloco correto do blockchain.
Ou seja, ele viabiliza a validação das transações.
O proof-of-work, conhecido como PoW, é a forma mais comum de mineração, afinal é usado no Bitcoin.
O processo consiste em usar a função Hash (no caso do Bitcoin é usado o algoritmo SHA-256) do último bloco do blockchain, inserir novas transações e resolver essa nova função criptografada.
Ou seja, verificar se o resultado da função está correto é simples, mas resolvê-lo é quase impossível.
Quem resolver a função será o criador do próximo bloco e receberá uma recompensa além das taxas inclusas nas operações processadas nele.
A partir do momento em que um bloco é concluído começa a corrida para a resolução do próximo sucessivamente.
Apesar do alto consumo de eletricidade, o proof-of-work é sem dúvida uma tecnologia segura tanto que outras criptomoedas também a utilizam, como por exemplo Litecoin e Ether (que deve mudar em breve para proof-of-stake).
